Sociedade
ainda não valoriza a conservação
das florestas |
Nos últimos séculos, metade dos seis bilhões
de hectares de cobertura florestal que cobriam o mundo foram
desmatadas, a maioria no século 20. Do que restou,
a Amazônia brasileira tem 360 milhões de hectares,
constituindo-se no maior bloco de floresta tropical contínua
existente no mundo, e enfrentando taxas de desflorestamento
que vão de 10.000 a 25.000 km2 anuais.
— Para recuperar esse carbono já emitido, as
florestas tropicais seriam as mais eficientes por incorporarem
grandes quantidades durante o ano inteiro, o que as diferem
das florestas temperadas — diz o especialista.
Os sistemas de produção podem ser de baixa
ou alta biomassa. Os sistemas de alta biomassa apresentam
árvores de grande porte, encontradas em seringais
e castanhais.
— Nossa sociedade não valoriza a floresta intacta,
pois geralmente não existe mercado valorizado para
os produtos florestais, nem consegue-se capital pela proteção
da biodiversidade ou água produzida. Pelo contrário,
os proprietários de terras onde há florestas
ainda têm de pagar impostos e protegê-las de
incêndio. O desmatamento traz uma rápida entrada
de capital, mas em alguns anos a produção
acaba, restando apenas o solo pobre. E ainda não
fornece mais madeira, água e o microclima local se
torna mais quente e seco — alerta.
As florestas garantem, além da lenha, frutas, temperos,
plantas medicinais e oportunidades de ecoturismo, o estoque
de carbono (adquirido após anos de incorporação)
e a conservação da biodiversidade. Elas regulam,
ainda, o manancial hídrico das regiões adjacentes.
Também aumentam a estabilidade e porosidade do solo,
permitindo a percolação de água, processo
pelo qual há passagem da água pelos poros
existentes no solo para o lençol freático,
de forma que reabastece os rios no entorno e evitam a erosão.
Além disso, as raízes das árvores penetram
fundo retirando a água armazenada no solo profundo
e lançando na atmosfera por meio da transpiração,
contribuindo para o clima úmido e chuvoso.
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Foto:
Kenny Tanizaki |
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