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Construção
do emissário deve acelerar recuperação
ambiental das lagoas. Foto:Site
da Baixada de Jacarepaguá
Poluição
da Lagoa de Marapendi causa mancha marrom nas praias
da Barra da Tijuca. Foto:Marcos
Tristão
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O projeto do emissário
da Barra da Tijuca é uma alternativa para a
poluição das lagoas e do mar, pois será
possível captar o esgoto, tratar e lançar
em alto mar, evitando que entre em contato com as
lagoas e as praias.
— A construção do emissário
da Barra é importante porque tira a carga orgânica
que vai para dentro das lagoas, saneia as águas,
evitando o despejo de poluentes que causam doenças
na população ribeirinha, afirma.
As zonas mais populosas da Baixada de Jacarepaguá
serão contempladas pela primeira fase do emissário.
— As pessoas estão enganadas quando pensam
que as obras do emissário submarino beneficiam
apenas os ricos da Barra e do Recreio. Em 1992, fizemos
um levantamento e constatamos 104 favelas naquela
região, das quais 63% localizavam-se à
beira de rios, lagoas e canais. A quantidade de crianças
que estão expostas à água suja
nessas comunidades é muito grande.
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Já o rico, quando muito,
sente o mau cheiro ou vê uma lagoa poluída, mas
jamais vai encostar na água da lagoa, situa.
Para Zee, a obra do emissário da Barra da Tijuca é
uma obra social, e não elitista.
— Na Idade Média, as pessoas descobriram, por
meio da peste negra, que esgoto e cidade nunca puderam ficar
juntos. A humanidade aprendeu isso com a morte de milhões
de pessoas. O Rio de Janeiro de hoje, principalmente nas comunidades
de baixa renda, está voltando à Idade Média.
Está esperando uma nova peste negra para dizimar um
monte de vidas. Só então vai se tomar alguma
providência, analisa.
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