os Jesuítas construíram edificações para a catequese
dos índios em Itaipu. O Parque Estadual da Serra da
Tiririca (PEST) está localizado entre os municípios
de Niterói e Maricá, no Estado do Rio
de Janeiro. É uma Unidade de Conservação
criada pela Lei n° 1.901, de 29/11/1991, com o intuito
de proteger a Mata Atlântica, preservando a cobertura
vegetal, as nascentes dos rios e riachos, além
da fauna. Teve seus limites provisórios estabelecidos
através do Decreto n° 18.598, de 19/04/1993,
abrangendo uma área aproximada de 2.400 ha. Essa
área inclui uma parte marinha, que avança
1.700 m mar adentro entre as Pontas do Alto Mourão
e do Costão de Itacoatiara. O relevo é
acidentado e, em alguns pontos, a inclinação
é acima de 50°. A altitude média está
em torno de 286m.
Compreende oito morros: Morro do Elefante (412 m), Alto
Mourão (369 m), Costão de Itacoatiara
(217 m), Morro do Telégrafo (357 m), Morro do
Catumbi (325 m), Morro do Cordovil (202 m), Morro da
Penha (128 m) e Morro da Serrinha (277 m).
A Serra da Tiririca apresenta uma cobertura vegetal
correspondente ao domínio da Mata Atlântica,
do tipo floresta ombrófila densa, sendo classificada
como Mata Atlântica Baixo-Montana ou Submontana.
Este tipo de formação florestal ocorre
na faixa de altitude entre 50 - 500 m no relevo da Serra
do Mar, nos contrafortes litorâneos e nas ilhas.
A criação do Parque Estadual da Serra da Tiririca foi
o resultado de uma experiência pioneira no Brasil. Normalmente
os parques são criados por iniciativa de governo mas
no caso da Tiririca a proposição e todo o projeto do
Parque foi desenvolvido por iniciativa da sociedade
civil. As primeiras denúncias contra as agressões à
Serra surgiram no inicio da década de 80, dando origem
a uma forte mobilização popular, que reuniu dentre outros,
grupos ambientalistas, associações de moradores e moradores
da região sem vínculos associativos. Uma Ação Civil
Pública, a primeira no Brasil, foi impetrada contra
um loteamento ilegal pelo Ministério Público, por solicitação
da comunidade, ao Procurador João Batista Petersen.
Em 1989 foi criada a Frente Tiririca reunindo diversas
entidades, mas esta cessou suas atividades em 1990.
A Frente Tiririca ainda existe, mas os técnicos ambientais
e algumas ONGs se afastaram após 1990, devido ao cunho
pessoal, político e até partidário que estava tomando,
por conta de alguns integrantes.
A partir de então, foi desenvolvido um estudo por uma
equipe técnica do Movimento Cidadania Ecológica - MCE,
com a participação de outras entidades, que concluiu
pela necessidade de criação do Parque, apresentando,
todo o embasamento técnico e legal necessário. Também
o MCE elaborou o ante-projeto-de-lei que foi encaminhado
à Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro
por intermédio do Dep. Carlos Minc. Após longa espera
o Parque foi finalmente aprovado e sancionado em 29
de novembro de 1991, através da Lei Estadual nº 1901/91.
Em 10/10/1992 a Serra da Tiririca foi homologada pela
UNESCO como parte integrante da Reserva da Biosfera
da Mata Atlântica, um reconhecimento internacional da
importância dos ecossistemas que abriga.
Fontes: Profa. Ana Angélica M. de Barros (UERJ),
Oceânica on line e IEF.
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