620 de aves, 200 de répteis e 280 de anfíbios,
sendo que 567 espécies só ocorrem nesse
bioma. Possui, ainda, cerca de 20 mil espécies
de plantas vasculares, das quais 8 mil delas também
só ocorrem na Mata Atlântica. Várias
espécies da fauna são bem conhecidas pela
população, tais como os mico-leões
e muriquis, espécies de primatas dos gêneros
Leontopithecus e Brachyteles, respectivamente. Vale
lembrar que, no sul da Bahia, foi identificada, recentemente,
a maior diversidade botânica do mundo para plantas
lenhosas, ou seja, foram registradas 454 espécies
em um único hectare.
A exploração da Mata Atlântica vem
ocorrendo desde a chegada dos portugueses ao Brasil,
cujo interesse primordial era a exploração
do pau-brasil. O processo de desmatamento prosseguiu
durante os ciclos da cana-de-açúcar, do
ouro, da produção de carvão vegetal,
da extração de madeira, da plantação
de cafezais e pastagens, da produção de
papel e celulose, do estabelecimento de assentamentos
de colonos, da construção de rodovias
e barragens, e de um amplo e intensivo processo de urbanização,
com o surgimento das maiores capitais do país,
como São Paulo, Rio de Janeiro, e de diversas
cidades menores e povoados.
A sua área atual encontra-se altamente reduzida
e fragmentada com seus remanescentes florestais localizados,
principalmente, em áreas de difícil acesso.
A preservação desses remanescentes vem
garantindo a contenção de encostas, propiciando
oportunidades para desfrute de exuberantes paisagens
e desenvolvimento de atividades voltadas ao ecoturismo,
além de servir de abrigo para várias populações
tradicionais, incluindo nações indígenas.
Além disso, nela estão localizados mananciais
hídricos essenciais para abastecimento de cerca
de 70% da população brasileira.
Ecossistemas florestais e ecossistemas associados
de Mata Atlântica
A totalidade da Floresta Ombrófila Densa,
do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte;
Florestas Estacionais Deciduais e Semideciduais
do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná,
São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo;
Florestas Estacionais Semideciduais de Mato Grosso
do Sul (vales dos rios da margem direita do rio Paraná),
Minas Gerais (vales dos rios Paranaíba, Grande
e afluentes), Minas Gerais e Bahia (vales dos rios Paraíba
do Sul, Jequitinhonha, rios intermediários e
afluentes) e de regiões litorâneas limitadas
do Nordeste, contíguas às florestas ombrófilas;
Totalidade da Floresta Ombrófila Mista e os encraves
de Araucária nos Estados de São Paulo,
Rio de Janeiro e Minas Gerais;
Formações florísticas associadas
(manguezais, vegetação de restingas e
das ilhas litorâneas);
Encraves de Cerrados, campos e campos de altitude
compreendidos no interior das áreas acima; Matas
de topo de morro e de encostas do Nordeste (brejos e
chás), particularmente as do Estado do Ceará,
com ênfase nas da Serra de Ibiapaba e de Baturité,
e nas da Chapada do Araripe; e
Formações vegetacionais nativas
da Ilha de Fernando de Noronha.
Fonte:
Ibama
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