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A IMPORTÂNCIA DOS MORCEGOS NA
REGENERAÇÃO DE ÁREAS DESMATADAS


Fêmea de Carollia perspicillata e seu filhote recém-nascido. Foto: Marco Aurelio R. de Mello. Desde março de 2000, o mestrando Marco Aurelio Ribeiro de Mello, do Programa de Pós-graduação em Biologia / Ecologia da UERJ, desenvolve a dissertação "Interações entre o morcego e plantas em fragmentos de Mata Atlântica".
O trabalho, realizado na Reserva Biológica de Poço das Antas, município de Silva Jardim, Estado do Rio de Janeiro, investiga a relação entre a reprodução dos morcegos frugívoros da espécie Carollia perspicillata (família Phyllostomidae) e a reprodução das plantas do gênero Piper (família Piperaceae), o principal alimento destes morcegos encontrado nos limites da reserva. O estudo parte da hipótese de que a variação na quantidade de chuvas na região em cada mês influenciaria a quantidade de frutos de Piper produzidos, que por sua vez influenciaria a proporção de morcegos fêmeas se reproduzindo.
Segundo os primeiros resultados, que serão apresentados no
Congresso Brasileiro de Mastozoologia, em setembro, há um forte indício da interação entre a reprodução das plantas e morcegos, sendo que ambas estão relacionadas às variações do regime de chuvas na área da reserva. Outros três aspectos dessa interação ainda estão em processo de avaliação pelos pesquisadores: se há relação entre a variação na dieta dos morcegos e a variação na produção de frutos pelas plantas; se há influência na germinação mais rápida e em maior quantidade das sementes de Piper spp ingeridas e posteriormente defecadas pelos morcegos; e se haveria algum fator relacionado às plantas (por exemplo, substância química produzida em determinada época do ano) que estimularia o início do processo reprodutivo dos morcegos.
Entender as relações entre morcegos e plantas é crucial para a formulação de planos de manejo para unidades de conservação, pois os processos de dispersão de sementes e de polinização são fundamentais na dinâmica de florestas tropicais, especialmente no que se refere à regeneração de áreas desmatadas.
Sob a orientação da Professora Dra. Helena de Godoy Bergallo, do setor de Ecologia da UERJ, o estudo conta com o auxílio em campo de estudantes de Biologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Santa Úrsula e terá a duração de dois anos (de março de 2000 a fevereiro de 2002).

Mais informações:

Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes - IBRAG
Setor de Ecologia

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