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RESERVA BIOLÓGICA DE POÇO DAS ANTAS

Ilhas dos Barbados, área de estudo dentro da REBIO.

Foto: Ernesto Viveiros de Castro


RESERVAS BIOLÓGICAS


Pertencem ao grupo de unidades de conservação de proteção e preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais, conforme determinado em seu plano de manejo.
Nas Reservas Biológicas (REBIO ou RB) só é permitida visitação com objetivos educacionais. As pesquisas científicas dependem de autorização prévia do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos renováveis (IBAMA), estando sujeita às normas por este estabelecidas.


RESERVA BIOLÓGICA DE POÇO DAS ANTAS

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE
Assegurar a sobrevivência do mico-leão-dourado (Leontopithecus r. rosalia) e a preguiça-de-coleira (Bradypus torquatus); conservar a diversidade e os ambientes para o mico-leão-dourado; promover a recuperação das áreas degradadas e fomentar as atividades de pesquisa científica e monitoramento ambiental.

DECRETO E DATA DE CRIAÇÃO
Foi criada pelo Decreto n° 73.791 de 11.03.1974

ANTECEDENTES LEGAIS
Data praticamente de 1967 a preocupação com a sobrevivência do mico-leão-dourado. Em 1968 o mico-leão e a preguiça-de-coleira, passaram, a ter proteção especial, inclusive de outros países. Em 1973, foi encaminhado ao IBDF, a minuta do Decreto que criaria a REBIO de Poço das Antas, destinada a proteger da extinção, algumas espécies. Em fevereiro de 1974, foi levada pelo Ministro da Agricultura, J. F. Moura Cavalcanti, a exposição de motivos e a Minuta do Decreto ao Presidente da República, Emílio G. Médici, que assinou o Decreto da Criação da REBIO de Poço das Antas.

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS
A unidade é oriunda da desapropriação de 3 propriedades rurais: Fazenda Poço D'Antas, Fazenda Bandeirantes e Fazenda Boi Branco. Na época de sua criação existia ainda na área da Reserva 35 possseiros que praticavam agricultura de subsistência e criavam pequenos animais. Estes posseiros foram indenizados e se retiraram da unidade. O nome da unidade é devido à estação ferroviária, existente em seu interior e ao lugarejo de mesmo nome (Poço D'Antas) existente próximo à unidade.

ÁREA, LOCALIZAÇÃO E ACESSOS
Possui uma área com 5.000 ha e 44 Km de perímetro. Está localizada na parte central costeira do estado do Rio de Janeiro, no município de Silva Jardim. O acesso à Reserva é feito pela rodovia BR-101. A unidade fica a 130 Km de distância da capital do estado.

CLIMA
A Reserva possui um clima quente e úmido com estação chuvosa no verão, em que a média do mês mais frio é superior a 18° C e cujo regime pluviométrico é assinalado pela existência de um período de chuvas no verão e estiagem ou sub-seca no inverno.

O QUE VER E FAZER (ATRAÇÕES ESPECIAIS) /ÉPOCA IDEAL PARA VISITAÇÃO
As REBIOs somente atendem a pesquisadores e ações de educação ambiental.

RELEVO
O seu relevo é classificado em sete compartimentos geomorfológicos que são: faixa meândrica (8,7%), várzea interna (8,7%), várzea externa (38,5%), alvéolos (2,6%), morrotes baixos (6,3%), morrotes altos (25,9%) e morros (9,3%). Cerca de 60% de toda a área até 5% de declividade encontra-se sob saturação hídrica praticamente todo o ano.

VEGETAÇÃO
Caracteriza-se por um ecossistema de Mata Atlântica de baixada com forte interferência antrópica, cuja vegetação compreende: Mata Atlântica em estágios inicial, medio e avançado, com cerca de 10% de campos antrópicos e 26% de formação pioneira com influência fluvial, num total de 36% de áreas degradadas.

FAUNA
Toda a fauna é ameaçada pela fragmentação florestal da Reserva. Além do mico-leão-dourado (Leontophitecus rosalia), espécie endémica e ameaçada de extinção, existem na unidade mais dois primatas, o macaco-prego (Cebus migritus) e o bugio (Alouatta fusca), este último ameaçado de extinção também. Destacamos a presença da preguiça-de-coleira (Bradypus torquatus), jaguatirica (Felis pardalis), jacaré-de-papo-amarelo (Caimam latirostris), lontra (Lutra platensis) e borboleta da praia (Parideees ascanius), todos também ameaçados de extinção. A Reserva possui 250 espécies de aves identificadas, onde destacamos como endêmicas e ameaçadas de extinção: choquinha-pequena (Myrmotherula minor), choqinha- cinzenta (Myrmotherula unicolor) e gavião-pombo-pequeno (Leucopternis Iacernulada).

USOS CONFLITANTES QUE AFETAM A UNIDADE E SEU ENTORNO
A estrada de ferro que corta o interior da unidade e a existência da barragem de Juturnaiba afetam muito a unidade. A barragem alagou terras da unidade à montante e promoveu uma radical drenagem à juzante, ocasionando a modificação de parte do ecossistema, que era de matas inundáveis (área de cerca de 900 ha), onde hoje ocorrem os grandes incêndios da Reserva, aumentando a pressão antrópica sobre ela.

BENEFÍCIOS INDIRETOS E DIRETOS DA UNIDADE PARA O ENTORNO
O trabalho de conservação do mico-leão-dourado, abre possibilidades de financiamentos na área ambiental da região. As atividades de proteção, realizadas na unidade e entorno, minimizam os atos lesivos, no que diz respeito à caça, pesca predatória, desmatamento etc. As pesquisas desenvolvidas na unidade e algumas também utilizando o entorno, revertem em benefícios para a sociedade como um todo, tanto na pesquisa básica quanto na aplicada. O trabalho de Educação Ambiental com grupos formais, principalmente com escolas de 1ª grau, concorre para uma consciência ecológica mais efetiva, campo de trabalho nos diversos níveis de escolaridade e divulgação regional, utilizando a Reserva como referência.

PLANEJAMENTO
Plano de Manejo elaborado em 1981. Existem projetos sendo desenvolvidos com o mico-leão-dourado (Leontophitecus rosalia) na Reserva e projetos de manejo de flora realizados pelo Programa Mata Atlântica/Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE A UNIDADE
Número total de Funcionários 12 funcionários do IBAMA e 05 funcionários de firmas de vigilância e limpeza.

INFRA-ESTRUTURA DISPONÍVEL
1 sede administrativa com garagem para 6 carros e almoxarifado (127,2 m2); 1 Alojamento para Pesquisadores com laboratório (234,4 m2); 2 postos de vigilância; 1 centro de visitantes com sala de exposição, biblioteca e auditório para 40 pessoas; rede elétrica e hidráulica; 7 Km de estradas internas; 2 Km de aceiros; sistema de comunicação (telefax, 8 rádios portáteis, 5 rádios móveis instalados em viaturas e uma base, sendo que o sistema de rádio cobre todo o interior da unidade); 2 Toyota (1985 e 1991); 1 Saveiro (1988), 1 Kombi (1990); 1 moto (1987); 2 tratores cortadores de grama (1991 e 1991); 1 motor de popa e 1 barco de alumínio.

SITUAÇÃO FUNDIÁRIA DA UNIDADE
Possui 100% de sua área regularizada.

ACORDOS DE PARCERIA
Não possui nenhum acordo de parceria.

NOME DO CHEFE DA UNIDADE
Rodrigo Varella Mayerhofer

ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA
Caixa Postal 109.981
28860-970 - Casimiro de Abreu - RJ
Telefax: (24) 778-1540

Fonte: Ibama

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