RESERVAS BIOLÓGICAS
Pertencem ao grupo de unidades de conservação
de proteção e preservação integral
da biota e demais atributos naturais existentes em seus
limites, sem interferência humana direta ou modificações
ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação
de seus ecossistemas alterados e as ações
de manejo necessárias para recuperar e preservar
o equilíbrio natural, a diversidade biológica
e os processos ecológicos naturais, conforme determinado
em seu plano de manejo.
Nas Reservas Biológicas (REBIO ou RB) só é
permitida visitação com objetivos educacionais.
As pesquisas científicas dependem de autorização
prévia do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos renováveis (IBAMA), estando sujeita
às normas por este estabelecidas.
RESERVA BIOLÓGICA DE POÇO DAS ANTAS
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS DA UNIDADE
Assegurar a sobrevivência do mico-leão-dourado
(Leontopithecus r. rosalia) e a preguiça-de-coleira
(Bradypus torquatus); conservar a diversidade e os ambientes
para o mico-leão-dourado; promover a recuperação
das áreas degradadas e fomentar as atividades de
pesquisa científica e monitoramento ambiental.
DECRETO
E DATA DE CRIAÇÃO
Foi criada pelo Decreto n° 73.791 de 11.03.1974
ANTECEDENTES
LEGAIS
Data praticamente de 1967 a preocupação com
a sobrevivência do mico-leão-dourado. Em 1968
o mico-leão e a preguiça-de-coleira, passaram,
a ter proteção especial, inclusive de outros
países. Em 1973, foi encaminhado ao IBDF, a minuta
do Decreto que criaria a REBIO de Poço das Antas,
destinada a proteger da extinção, algumas
espécies. Em fevereiro de 1974, foi levada pelo Ministro
da Agricultura, J. F. Moura Cavalcanti, a exposição
de motivos e a Minuta do Decreto ao Presidente da República,
Emílio G. Médici, que assinou o Decreto da
Criação da REBIO de Poço das Antas.
ASPECTOS
CULTURAIS E HISTÓRICOS
A unidade é oriunda da desapropriação
de 3 propriedades rurais: Fazenda Poço D'Antas, Fazenda
Bandeirantes e Fazenda Boi Branco. Na época de sua
criação existia ainda na área da Reserva
35 possseiros que praticavam agricultura de subsistência
e criavam pequenos animais. Estes posseiros foram indenizados
e se retiraram da unidade. O nome da unidade é devido
à estação ferroviária, existente
em seu interior e ao lugarejo de mesmo nome (Poço
D'Antas) existente próximo à unidade.
ÁREA,
LOCALIZAÇÃO E ACESSOS
Possui uma área com 5.000 ha e 44 Km de perímetro.
Está localizada na parte central costeira do estado
do Rio de Janeiro, no município de Silva Jardim.
O acesso à Reserva é feito pela rodovia BR-101.
A unidade fica a 130 Km de distância da capital do
estado.
CLIMA
A Reserva possui um clima quente e úmido com
estação chuvosa no verão, em que a
média do mês mais frio é superior a
18° C e cujo regime pluviométrico é assinalado
pela existência de um período de chuvas no
verão e estiagem ou sub-seca no inverno.
O
QUE VER E FAZER (ATRAÇÕES ESPECIAIS) /ÉPOCA
IDEAL PARA VISITAÇÃO
As REBIOs somente atendem a pesquisadores e ações
de educação ambiental.
RELEVO
O seu relevo é classificado em sete compartimentos
geomorfológicos que são: faixa meândrica
(8,7%), várzea interna (8,7%), várzea externa
(38,5%), alvéolos (2,6%), morrotes baixos (6,3%),
morrotes altos (25,9%) e morros (9,3%). Cerca de 60% de
toda a área até 5% de declividade encontra-se
sob saturação hídrica praticamente
todo o ano.
VEGETAÇÃO
Caracteriza-se por um ecossistema de Mata Atlântica
de baixada com forte interferência antrópica,
cuja vegetação compreende: Mata Atlântica
em estágios inicial, medio e avançado, com
cerca de 10% de campos antrópicos e 26% de formação
pioneira com influência fluvial, num total de 36%
de áreas degradadas.
FAUNA
Toda a fauna é ameaçada pela fragmentação
florestal da Reserva. Além do mico-leão-dourado
(Leontophitecus rosalia), espécie endémica
e ameaçada de extinção, existem na
unidade mais dois primatas, o macaco-prego (Cebus migritus)
e o bugio (Alouatta fusca), este último ameaçado
de extinção também. Destacamos a presença
da preguiça-de-coleira (Bradypus torquatus), jaguatirica
(Felis pardalis), jacaré-de-papo-amarelo (Caimam
latirostris), lontra (Lutra platensis) e borboleta da praia
(Parideees ascanius), todos também ameaçados
de extinção. A Reserva possui 250 espécies
de aves identificadas, onde destacamos como endêmicas
e ameaçadas de extinção: choquinha-pequena
(Myrmotherula minor), choqinha- cinzenta (Myrmotherula unicolor)
e gavião-pombo-pequeno (Leucopternis Iacernulada).
USOS
CONFLITANTES QUE AFETAM A UNIDADE E SEU ENTORNO
A estrada de ferro que corta o interior da unidade e
a existência da barragem de Juturnaiba afetam muito
a unidade. A barragem alagou terras da unidade à
montante e promoveu uma radical drenagem à juzante,
ocasionando a modificação de parte do ecossistema,
que era de matas inundáveis (área de cerca
de 900 ha), onde hoje ocorrem os grandes incêndios
da Reserva, aumentando a pressão antrópica
sobre ela.
BENEFÍCIOS
INDIRETOS E DIRETOS DA UNIDADE PARA O ENTORNO
O trabalho de conservação do mico-leão-dourado,
abre possibilidades de financiamentos na área ambiental
da região. As atividades de proteção,
realizadas na unidade e entorno, minimizam os atos lesivos,
no que diz respeito à caça, pesca predatória,
desmatamento etc. As pesquisas desenvolvidas na unidade
e algumas também utilizando o entorno, revertem em
benefícios para a sociedade como um todo, tanto na
pesquisa básica quanto na aplicada. O trabalho de
Educação Ambiental com grupos formais, principalmente
com escolas de 1ª grau, concorre para uma consciência
ecológica mais efetiva, campo de trabalho nos diversos
níveis de escolaridade e divulgação
regional, utilizando a Reserva como referência.
PLANEJAMENTO
Plano de Manejo elaborado em 1981. Existem projetos
sendo desenvolvidos com o mico-leão-dourado (Leontophitecus
rosalia) na Reserva e projetos de manejo de flora realizados
pelo Programa Mata Atlântica/Instituto de Pesquisas
Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
INFORMAÇÕES
GERAIS SOBRE A UNIDADE
Número total de Funcionários 12 funcionários
do IBAMA e 05 funcionários de firmas de vigilância
e limpeza.
INFRA-ESTRUTURA DISPONÍVEL
1 sede administrativa com garagem para 6 carros e almoxarifado
(127,2 m2); 1 Alojamento para Pesquisadores com laboratório
(234,4 m2); 2 postos de vigilância; 1 centro de visitantes
com sala de exposição, biblioteca e auditório
para 40 pessoas; rede elétrica e hidráulica;
7 Km de estradas internas; 2 Km de aceiros; sistema de comunicação
(telefax, 8 rádios portáteis, 5 rádios
móveis instalados em viaturas e uma base, sendo que
o sistema de rádio cobre todo o interior da unidade);
2 Toyota (1985 e 1991); 1 Saveiro (1988), 1 Kombi (1990);
1 moto (1987); 2 tratores cortadores de grama (1991 e 1991);
1 motor de popa e 1 barco de alumínio.
SITUAÇÃO
FUNDIÁRIA DA UNIDADE
Possui 100% de sua área regularizada.
ACORDOS DE PARCERIA
Não possui nenhum acordo de parceria.
NOME
DO CHEFE DA UNIDADE
Rodrigo Varella Mayerhofer
ENDEREÇO
PARA CORRESPONDÊNCIA
Caixa Postal 109.981
28860-970 - Casimiro de Abreu - RJ
Telefax: (24) 778-1540
Fonte:
Ibama
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