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PESQUISADORES IDENTIFICAM AMEAÇAS À VIDA
DOS CORAIS NAS PRAIAS DO LITORAL DE BÚZIOS


Armação de Búzios, cidade da Região dos Lagos, no litoral norte do Estado do Rio de Janeiro, abriga ecossistemas diferenciados e praias de grande beleza natural que atraem turistas, embarcações e mergulhadores o ano inteiro. Por ser um importante pólo turístico, vem sendo alvo de um crescimento urbano acelerado e intensa especulação imobiliária e, conseqüentemente,
o aumento no processo de degradação ambiental que ameaça a preservação da fauna e da flora marinha locais.
O típico cenário de Búzios tornou-se a grande preocupação da mestranda Simone Siag Oigman do Programa de Pós-graduação em Biologia / Ecologia da UERJ, que desenvolve a dissertação "A saúde dos corais como indicador da qualidade ambiental da região de Búzios, RJ". Desde setembro de 2000 Simone coordena junto com Professor Dr. Joel C. Creed, do Laboratório de Ecologia Marinha Bêntica da UERJ, o PROJETO ECORAIS, cujo objetivo é caracterizar o padrão de distribuição geográfica e a abundância das espécies de corais na região, além de avaliar seu estado de saúde como indicador da qualidade ambiental correlacionando-o aos diversos impactos existentes nos costões rochosos de Búzios. Sem esse conhecimento, a exploração contínua e desordenada, levará ao esgotamento dos recursos marinhos, acarretando sérias mudanças ao patrimônio ecológico-econômico e à beleza natural da região.
O projeto já cumpriu duas etapas. Em setembro de 2000 foram coletados dados sobre duas espécies de corais, a Mussismilia hispida e a Siderastrea stellata, em onze locais de oito praias de Búzios (Tartaruga, Canto, Armação, Ossos, Azeda, Azedinha, João Fernandes, João Fernandinho), através de mergulhos autônomos e entrevistas com pescadores, moradores e turistas, para entender melhor a importância do mar e dos corais para a população da cidade. Na segunda etapa, realizada durante janeiro de 2001, alta temporada turística, foram avaliados os impactos antrópicos na área através da contagem do número de barcos na área, mergulhadores, pessoas na areia, saídas de esgoto e quantificação de lixo no mar e na areia. Atualmente os dados estão sendo processados e analisados cuidadosamente e, num futuro próximo, serão disponibilizados para a Prefeitura, pescadores e moradores, possibilitando um suporte de informações técnicas para a tomada de decisões prioritárias no manejo do meio ambiente de forma sustentável, garantindo assim a preservação e conservação do bioma da região.

Mais informações:

Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ
Departamento de Biologia Animal e Vegetal - setor Ecologia
Laboratório de Ecologia Marinha Bêntica

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