A iniciativa de criar painéis de divulgação da geologia em pontos turísticos do estado surgiu da experiência bem-sucedida nos Estados Unidos e na Europa, onde as placas contêm informações sobre a geologia e a história locais. Além disso, Schmitt acredita que o projeto vai ao encontro da noção do geólogo como defensor do meio ambiente, já que é um profissional que estuda a Terra. Assim, as placas objetivam, além da divulgação de pesquisas científicas, a valorização da Geologia local.

— Para a população dos municípios contemplados pelo projeto, as placas significam desenvolvimento devido à promoção da educação, proteção ambiental e turismo. Além do mais, procuramos fazer, em parceria com as secretarias de educação dos municípios, palestras na rede de ensino, levando aos alunos conhecimento sobre a história geológica da região, que é mais próxima das suas realidades que o estudo de geografia feito tradicionalmente nas escolas — explica a geóloga.

O projeto ampliará as regiões contempladas nos próximos meses. Há placas sobre a Bacia de São José de Itaboraí (Itaboraí), região do Morro de São João (Casemiro de Abreu), Pão de Açúcar (Rio de Janeiro), Raposo (Itaperuna), Serra da Tiririca (Niterói) e Nova Iguaçu, prontas para serem inauguradas. Quando houver novos estudos sobre determinada região, as placas do respectivo local serão atualizadas. Contra a depredação, os painéis são protegidos por uma tinta antipichação.

— O projeto vem chamando a atenção até de outros estados. No mês de setembro foi inaugurada uma placa no Paraná. Além disso, a geóloga Kátia Mansur, atual coordenadora do projeto no DRM, foi convidada para palestras no Paraná, Goiás e Bahia, indicando que o projeto pode ser ampliado para todo o país — conta Schmitt.

Para Kátia Mansur, a participação das instituições de ensino fluminenses é fundamental para a realização do projeto:
— O objetivo é preservar, por meio da divulgação de conhecimento científico, os monumentos geológicos do estado. Trabalhando com as universidades do Rio de Janeiro — que agora voltaram-se com mais força para a geografia local — nós podemos gerar informações mais atualizadas. A geologia do Rio de Janeiro ainda reserva muitas incógnitas. Foram pesquisas recentes que resgataram a compreensão do estágio atual das descobertas geológicas à população. Por isso a importância do contato com as universidades — diz a coordenadora.

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Informações:

Telefone: (21) 2587-7601, ramal 28.
Correio eletrônico: schmitt@uerj.br

Conheça as placas já inauguradas pelo Projeto Caminhos Geológicos por meio da página do Departamento de Recursos Minerais do Rio de Janeiro (DRM-RJ) — www.drm.rj.gov.br.