O
vírus do Oeste do Nilo chegou aos Estados
Unidos, mais precisamente na cidade de Nova
York, em 1999. Em quatro anos, praticamente,
toda a América do Norte teve algum registro
da presença do microrganismo no sangue
de alguma espécie de pássaro,
o principal reservatório da doença.
A
partir dessa rápida dispersão
do vírus, ornitólogos dos Estados
Unidos, do México e de alguns países
da América Central começaram a
tentar entender como a infecção
poderia se espalhar pela região. As simulações
feitas por eles deram dimensões ainda
maiores ao problema.
Segundo
os pesquisadores, em artigo publicado na edição
de dezembro da revista Bird Conservation International,
as espécies migratórias que voam
pelos céus dos Estados Unidos poderão
espalhar o vírus do Oeste do Nilo até
a Austrália. Nesse caso, o percurso seguido
seria via Alasca e depois pela Ásia.
A
espécie Phylloscopus borealis, por exemplo,
que vive no Ártico, costuma considerar
a região oeste do Alasca como uma extensão
da Ásia. E ela costuma migrar com freqüência
para os trópicos do Velho Mundo. Então,
concluem os pesquisadores, se o vírus
chegar até o Alasca, vindo do sul da
América do Norte, ele poderá perfeitamente
se espalhar pelo outro lado do Pacífico.
Nesse
caso, ilhas como as que formam o Havaí
também poderão ser visitadas pelo
Oeste do Nilo. E lá, afirmam os pesquisadores,
existem algumas espécies de pássaros,
como a Corvus hawaiiensis, que estão
seriamente ameaçadas de extinção.
Como
o vírus pode descer as Américas,
em direção ao Equador, por causa
também do processo de migração
das aves, espécies ameaçadas que
vivem no México, como a Toxostoma
guttatum, e em Cuba, (Accipiter gundlachi)
também, poderão ser seriamente
atingidas pela eventual infecção.
O Oeste do Nilo ainda pode atingir populações
humanas, mas, nesse caso, dizem os cientistas,
a gravidade do problema é menor.
Fonte: Agência
Fapesp
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