A
cena é bastante conhecida dos paulistanos.
As chuvas de verão provocam alagamentos
em vários pontos da cidade, mas muitos
bairros não têm água nas
torneiras por conta da escassez nos reservatórios.
Se
parte desse líquido, em vez de escorrer
para as galerias pluviais, for coletada, armazenada
e utilizada para regar plantas, lavar calçadas,
pátios e veículos ou ainda como
descarga em vasos sanitários, o fluxo
de água para os córregos e rios
vai diminuir. Dessa forma, o número de
enchentes e de alagamentos seria, com certeza,
menor.
Partindo
desse princípio, pesquisadores da Escola
Politécnica da Universidade de São
Paulo (USP), coordenados pelo professor Racine
Tadeu Araújo Prado, sentiram-se motivados.
A equipe resolveu projetar e montar um sistema
de coleta e aproveitamento de água de
chuva no Centro de Técnicas de Construção
Civil da universidade. O sistema pode ser usado
em vários tipos de construção,
com poucos investimentos.
Para
eliminar a primeira água de lavagem do
telhado, os pesquisadores da Poli montaram um
sistema que possui dois reservatórios,
um pequeno, que coleta e despreza automaticamente
a chuva suja dos primeiros minutos, e um grande,
utilizado para armazenar efetivamente o líquido.
Assim que o pequeno fica cheio é fechado
por uma bóia e o maior começa
a receber a água.
Um
filtro colocado nas calhas retém folhas,
galhos e outras sujeiras e impede o entupimento
das tubulações. Se não
for possível colocar os reservatórios
diretamente no forro do edifício, é
necessário a instalação
de um reservatório no térreo,
que fica enterrado, e outro no forro, para bombear
a água. O emprego de dois reservatórios
aumenta a capacidade de suprimento ao longo
da estação seca. E a energia despendida
para o bombeamento é muito pequena e
não onera o sistema. Além disso,
os testes mostraram que a qualidade da água
armazenada também é boa. (Dinorah
Ereno)
Fonte:
Agência Fapesp
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