Um
projeto de coleta de resíduos sólidos
flutuantes, popularmente conhecidos como lixo
marinho, será implantado ainda neste
semestre nas praias de Santos. A finalidade
é recolher os resíduos que percorrem
a costa litorânea entre a Baía
de Santos e o estuário, evitando que
tais detritos cheguem às praias do Município.
O
primeiro passo foi dado recentemente, quando
a Prefeitura assinou um contrato com o Fundo
Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro)
para viabilização do programa,
que objetiva a qualidade no setor ambiental.
O convênio possibilitará a aquisição
de quatro embarcações tipo Catamarã,
quatro caçambas de aço para o
acondicionamento dos resíduos coletados,
treinamento de profissionais para lidarem com
os novos equipamentos, seis rádios de
comunicação e seis aparelhos celulares.
Também haverá investimentos em
ações preventivas, com a compra
de material para divulgação em
campanhas educativas. O público alvo
será principalmente a população
de áreas de manguezais, onde se origina
a maior parte dos dejetos despejados no mar.
Levados pela maré, detritos como garrafas
plásticas chegam às praias do
Município.
Há ainda os detritos descartados por
banhistas. Em um único Domingo de fevereiro
de 2004 foram recolhidos, na Praia do Gonzaga,
mais de 150 quilos de microlixo, entre os quais
4 mil tampinhas de garrafa e 3 mil canudinhos.
O
projeto representa um custo total da ordem de
R$ 372 mil, dos quais 70% serão quitados
com recursos da Fehidro e 30% da Prefeitura.
A iniciativa integra uma série de ações
ambientais que fazem parte do programa Onda
Limpa, da Prefeitura de Santos, que agrega diversos
projetos de saneamento ambiental, enfocando
a melhoria da qualidade das águas dos
canais de drenagem e do mar da cidade.
"Além da poluição
das praias, o lixo marinho traz outras conseqüências
negativas para a natureza, como a morte de espécies
marinhas ao engolirem plástico e isopor,
por exemplo", acrescenta a secretária
de Meio Ambiente, Yeda Sadocco.