Rio
de Janeiro - O vazamento de cerca de
2 mil litros de óleo na Baía de
Guanabara, sábado, colocou em alerta
a direção da Fundação
Estadual de Engenharia do Meio Ambiente do RJ
(Feema). A Fundação marcou reunião
para a próxima semana com representantes
do poder Legislativo e do Ministério
Público para tentar resolver um problema
que se arrasta há anos: a grande quantidade
de navios abandonados na baía.
Segundo
a Feema são pelo menos 15 navios desativados,
em situação similar à do
Meganar, de onde vazou o óleo. Ele está
fundeado próximo à ponte Rio-Niterói
e faz parte da massa falida da empresa Cia Star.
Embarcações como essa oferecem
riscos ao meio ambiente por causa das condições
precárias de algumas e da grande quantidade
de óleo armazenado em seus tanques.
O
fato de muitos navios fundeados na baía
estarem sub-judice tem dificultado a retirada
das embarcações.
Vazamento
- O óleo não se espalhou porque
a Feema, com a ajuda da Petrobras, da Capitania
dos Portos e da Defesa Civil, instalou barreiras
de contenção na área. O
trabalho de retirada do óleo da água
e do porão da embarcação
deve ser concluído nesta segunda-feira.
"Vamos
traçar um plano de retirada do material
junto com as empresas que participam do Plano
de Emergência da Baía de Guanabara",
disse o biólogo Carlos Fraga, coordenador
do Serviço de Controle de Poluição
Acidental da Feema.
Apesar
de ser um acidente pequeno se comparado ao ocorrido
em 2000, quando vazaram na baía cerca
de 1,3 milhão de litros de óleo
após o rompimento de um duto da Refinaria
de Duque de Caxias (Reduc), da Petrobrás,
Fraga alertou que o derramamento representa
um impacto ao meio ambiente. "Qualquer
litro de óleo no espelho da baía
é um problema para a micro e a macrofauna
da região", observou. Karine
Rodrigues