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Assunto
Editoria
Data
Manguezais
9/3/2004

Manguezais ameaçados

Segundo pesquisa da UFPE, dos 850 hectares de mangue ocupados por fazendas de camarão implantadas em Pernambuco entre 1990 e 2000, 525 sofreram desmatamento ou apresentaram redução de espécies

Levantamento realizado pelo sociólogo Cristiano Ramalho aponta que as fazendas de camarão implantadas em Pernambuco entre 1990 e 2000 provocaram impacto ambiental em 525 hectares de mangue.

A carcinicultura, segundo a pesquisa, ocupa 850 hectares da região costeira do Estado, divididos em sua maioria entre cinco grandes empreendimentos.

"Desses, 525 sofreram desmatamento ou redução", diz Ramalho, que estudou o assunto para sua dissertação de mestrado em Sociologia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

As estimativas de Ramalho se baseiam nos projetos de carcinicultura licenciados pela Agência Pernambucana de Meio Ambiente (CPRH). "Somei a área dos empreendimentos e analisei os projetos", conta.

Em Itapissuma, no Litoral Norte, um único empreendimento ocupa 300 hectares de área estuarina.

De acordo com o pesquisador, a destruição do mangue e a poluição do estuário pelos dejetos dos viveiros geram impactos sobre a pesca.

"O manguezal é o berçário de muitas espécies de peixes, moluscos e crustáceos. Qualquer alteração nele vai interferir na cadeia alimentar", esclarece.

As estatísticas sobre a produção pesqueira no Estado, na avaliação de Ramalho, comprovam a hipótese. "Em 1969, a produção pesqueira em Pernambuco foi de 6,8 toneladas/ano. Em 1999, caiu para 5,3 toneladas", cita.

O sociólogo comenta que as fazendas de camarão geram emprego e renda. "Mas é preciso avaliar se os impactos sobre a pesca artesanal, que só no Canal de Santa Cruz emprega mais de 3 mil pessoas, compensam."

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