Uma
nova versão do Projeto de Lei sobre Gestão
de Florestas Públicas já está
disponível para consulta pública.
Indivíduos e entidades que quiserem participar
do processo, até o dia 25, devem entrar
em contato com o Programa Nacional de Florestas
(PNF) do Ministério do Meio Ambiente
por meio do correio eletrônico pnf@mma.gov.br
ou ligando para (0xx61) 317-1140.
No
dia 26, haverá nova reunião do
Grupo de Trabalho sobre Gestão de Florestas
Públicas, que reúne representantes
de ministérios, do setor empresarial,
de organizações não-governamentais,
de movimentos sociais, entre outros. Em 6 e
7 de abril, será realizada uma reunião
extraordinária da Comissão Coordenadora
do Programa Nacional de Florestas (Conaflor)
para que, ainda na primeira quinzena do mês,
o PL seja enviado ao Congresso Nacional. Até
lá, estão ocorrendo debates sobre
o Projeto de Lei em vários estados brasileiros,
organizados por empresas, sindicatos de trabalhadores,
órgãos estaduais de meio ambiente
e organizações não-governamentais.
O
PL sobre Gestão de Florestas Públicas
irá definir um marco legal para o uso
equilibrado das florestas do país. Com
isso, haverá benefícios aos empreendedores
e ao conjunto da população, como:
ordenamento do uso dos recursos naturais; maior
segurança para quem faz bom uso da floresta;
transparência e controle social. "Sem
regras, o setor florestal vai para o caminho
não-sustentável", afirmou
Tasso de Azevedo, diretor do Programa Nacional
de Florestas do Ministério do Meio Ambiente.
Segundo ele, o Projeto deverá definir
a gestão das florestas públicas
por meio de concessão de áreas
para manejo, a proteção aos direitos
das comunidades locais e tradicionais, irá
garantir a implementação de pequenos,
médios e grandes projetos e ainda assegurar
o controle social em todas as etapas do processo.
Urgência
- Segundo Tasso Azevedo, a pressa em se definir
uma legislação específica
para a gestão de florestas se dá
pelo fato de que hoje em dia se utiliza a Lei
8.666, que trata de licitações,
para se realizar concessões. "Essa
Lei não é adequada ao caso dos
recursos florestais, pois não permite
um trabalho a longo prazo", disse, referindo-se
ao fato de ela permitir contratos com o prazo
máximo de cinco anos. Além disso,
conforme o diretor do PNF, a lei não
é adequada para esse caso por não
permitir que o governo estabeleça algum
critério de contratação.
Dessa forma, existe o risco de contratação
de empresas pouco ou nada preparadas para os
serviços.
O
Brasil possui 64 Florestas Nacionais (Flonas),
além de diversas outras unidades, como
Reservas Extrativistas e Florestas Estaduais,
que possuem cobertura florestal nativa ou plantada.
Atualmente, 90% da produção madeireira
do Brasil vem da região da Amazônia,
sendo que a maior parte, 86%, é consumida
dentro do país. A questão fundiária
ainda é um grande problema na Amazônia:
47% da área é de terras devolutas
ou em disputa.Ascom MMA