O
exemplo vem dos bancos de corais. Um estudo
recente publicado nos Estados Unidos revelou
a existência de 430 novas bactérias
associadas a três tipos diferentes de
corais. As espécies, provaram os cientistas,
apresentaram uma grande importância para
a sobrevivência e saúde dos corais.
“Ecossistemas
biológicos oferecem um campo de trabalho
ideal para a integração da genômica,
da bioquímica e de dados ambientais”,
disseram Farooq Azam e Alexandra Worden, em
artigo publicado na edição de
12 de março da revista Science.
Para
os pesquisadores, essa visão integrada,
desde as escalas nanométricas até
as milimétricas, é fundamental
para que a conservação da biodiversidade
e a manutenção das relações
biogeoquímicas existentes nos oceanos
sejam obtidas.
Os
pesquisadores lembram que, apesar de a evolução
da espiral científica ter ocorrido em
várias áreas do conhecimento,
ainda se sabe muito pouco sobre os micróbios
marinhos e suas relações moleculares
com o ambiente.
Grandes
descobertas, como a do pigmento encontrado em
determinadas bactérias que transformam
energia luminosa diretamente em um gradiente
elétrico que atravessa as membranas celulares,
foram feitas há apenas três anos.
“A
convergência entre a genômica e
a biogeoquímica de escalas microscópicas
– campo que acaba de nascer – poderão
nos levar a novas hipóteses absolutamente
testáveis e também a modelos de
prognósticos”, disseram os cientistas.
Tudo
isso, segundo eles, sempre considerando as relações
entre essas importantes peças da engrenagem
e o meio ambiente, no caso o oceano, onde elas
estão funcionando. Mais de 90% dos micróbios
marinhos são desconhecidos, estimam os
cientistas.