Agência
FAPESP - Os bolsistas de mestrado e
doutorado matriculados em programas de pós-graduação
da Coordenação de Aperfeiçoamento
de Pessoal de Nível Superior (Capes)
e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico
e Tecnológico (CNPq) poderão,
a partir de agora, atuar como professores substitutos
em universidades públicas federais e
estaduais.
Até
então, os bolsistas eram impedidos de
manter vínculo empregatício em
razão da exigência de dedicação
exclusiva. Segundo o CNPq, a medida foi adotada
para atender aos pedidos dos próprios
bolsistas, que há muito tempo vêm
reivindicando o direito de lecionar em instituições
de ensino para complementar o valor da bolsa.
A
Capes e o CNPq resolveram abrir esta possibilidade
seguindo o princípio de que ser professor
universitário, em uma instituição
pública de ensino, é um caminho
natural para quem está fazendo mestrado
e doutorado. A portaria assinada pelas duas
instituições federais irá
beneficiar, em tese, cerca de 40 mil bolsistas.
Antes
de prestar o concurso público para o
cargo de professor substituto, os candidatos
terão que obter uma autorização
nas respectivas coordenações de
curso. Depois de ter a vaga confirmada em uma
universidade estadual ou federal, o professor-bolsista
precisará de receber uma autorização
do orientador para ministrar aulas.
Segundo
o CNPq e a Capes, a autorização,
quando concedida, não exime o bolsista
de cumprir com suas obrigações
já existentes, inclusive quanto ao prazo
de validade da bolsa.
A
portaria garante o mesmo benefício para
os futuros alunos dos programas de pós-graduação
do Brasil. A medida, entretanto, não
permite que bolsistas dêem aulas em universidades
particulares.