Cerca
de duas toneladas de lixo foram retiradas nesta
quinta-feira das águas da baía
de Guanabara, no Rio de Janeiro, durante a 7ª
Regata Ecológica, idealizada pela Escola
Naval.
Trinta
e cinco embarcações, entre barcos
a vela, caiaques e barcos a remo participaram
da regata que durou cerca de 2 horas e contou
com participantes das universidades Veiga de
Almeida, Gama Filho, Estadual do Rio de Janeiro
e Santa Úrsula.
Por
dia, a baía de Guanabara recebe cerca
de 1,7 milhão de toneladas de esgoto
e 1.500 toneladas de lixo. Mais 10.500 toneladas
vão para "lixões" e
aterros ditos sanitários vizinhos. Parte
desse material acaba escorrendo para o mar.
O
Programa de Despoluição da Baía
de Guanabara completou dez anos e consumiu mais
de R$ 1 bilhão. Neste período,
em vez da poluição diminuir, ela
piorou devido ao aumento das cidades em volta
e o crescimento da quantidade de lixo e esgoto
despejados no mar.
Segundo
o contrato, o programa estaria concluído
em 1999 --as oito estações de
tratamento deveriam estar em plena operação,
captando esgotos domiciliares e industriais,
retirando parte das impurezas e jogando-os na
baía.
Cinco
anos após o prazo de conclusão
previsto, as 52 praias da baía continuam
imundas. As estações foram construídas,
mas não funcionam. Os prédios
foram erguidos e as máquinas, compradas.
Mas a maior parte do esgoto não chega
às estações por falta troncos
coletores e redes domiciliares.