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Assunto
Editoria
Data
Amazônia
Notícia
28/7/2004


A função socioambiental da Amazônia

Agência Fapesp - Dentro do processo de verdades transitórias da ciência é possível afirmar, com base nos resultados científicos obtidos até agora, que a Floresta Amazônica está seqüestrando carbono da atmosfera. O índice, segundo o pesquisador Paulo Artaxo, do Instituto de Física da Universidade de São Paulo, é de 0,5 tonelada de carbono por hectare por ano.

“Isso é uma média. A fixação de carbono da floresta é diferente de região para região. Sabemos, por exemplo, que, em Santarém (PA), a floresta perde carbono”, disse Artaxo, que também participa do LBA (Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia).

Os números, apesar de serem bem menores do que os índices que existiam até 1980 – naquele tempo se imaginava que a floresta absorvia dez vezes mais carbono – não deixam de ser surpreendentes.

Retirar carbono da atmosfera acaba sendo uma função socioambiental feita pela Floresta Amazônica. Dessa forma, o bioma está contribuindo para que o aquecimento global, causado pelo aumento dos gases que formam o efeito estufa, não suba ainda mais. “Estamos diante de um ótimo sinal”, afirmou Artaxo no primeiro dia da 3ª Conferência Científica do LBA, em Brasília.

Apesar do quadro positivo, isso não significa, segundo Artaxo, que as queimadas e o desmatamento amazônico não devam ser coibidos. Hoje, 75% das queimadas na região são ilegais. Segundo o pesquisador, os dados disponíveis sobre a absorção de carbono pela floresta foram obtidos a partir de uma rede de 14 torres de medição implantadas pelo LBA.

“Isso é fruto de um esforço grande, mas precisamos fazer mais. No ano que vem vamos usar aviões para percorrer a floresta”, revelou. O objetivo é obter um balanço regional de carbono para a Amazônia.

“Uma das perguntas gerais, que inclusive provocaram o surgimento do LBA, era saber se a Amazônia seqüestrava ou lançava carbono na atmosfera”, disse Artaxo. Para o pesquisador, responder a essa pergunta é essencial para se pensar em caminhos de preservação da floresta e da sua biodiversidade. Eduardo Geraque, de Brasília

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