A
ministra Marina Silva defendeu ontem, em São
Paulo, a união de empresários
e de governos para a construção
de uma "cultura sustentável",
para viabilizar o desenvolvimento econômico,
social, ambiental e cultural do país.
A ministra do Meio Ambiente falou para empresários,
executivos e profissionais do terceiro setor
no encontro promovido pelo Instituto Ethos sobre
sustentabilidade da sociedade e dos negócios.
De
acordo com Marina Silva, as questões
da pobreza e do meio ambiente só serão
equacionadas de maneira consistente quando se
tornarem bandeiras de toda sociedade, como a
saúde e a educação. "Todos
somos favoráveis ao fim da pobreza e
à preservação do meio ambiente.
Por que é tão difícil combater
esses dois problemas? Porque não somos
radicais no compromisso", afirmou a ministra.
Para ela, a "responsabilidade empresarial
pode ser o indutor de negócios éticos
e gerar um ciclo virtuoso na economia brasileira",
na medida em que transformar seus compromissos
e valores em ações de ordem prática,
e deu um exemplo: "Se as empresas da cidade
exigissem madeira com manejo ecológico,
o impacto positivo no nosso ecossistema seria
gigantesco". De acordo com a ministra,
é preciso criar um consenso na sociedade
em torno de propostas que levem a sustentabilidade,
e citou como exemplo a iniciativa do Instituto
Ethos. "A partir do consenso de que as
empresas precisam investir no social, começou
a envovolvê-las em uma nova cultura de
gestão que não é só
filantropia empresarial, mas um modelo para
a sustentabilidade do planeta", disse.
Na
abertura do encontro, que termina amanhã,
no Hotel Transamérica, o presidente do
Instituto Ethos, Oded Grajew, disse que o Brasil
pode ser um exemplo na defesa de um mundo mais
justo, saudável e sustentável.
"Se o empresariado empenhar-se e passar
a trabalhar de maneira mais sustentável
e prática, teremos um mundo melhor",
disse. Ascom