Especialistas
brasileiros e italianos se uniram para beneficiar
comunidades rurais e indígenas de várias
regiões do Brasil. O Programa “Biodiversidade
Brasil-Itália”, que terá
início em 2005 e será desenvolvido
em um prazo de três anos, foi firmado
por autoridades dos dois países com o
intuito de promover a conservação
e o uso sustentável da diversidade biológica
das regiões Norte, Centro-Oeste e Semi-Árido
do Nordeste brasileiro.
O
programa busca amenizar o nível de pobreza
e melhorar a segurança alimentar das
populações a partir de experiências
com o uso sustentável da biodiversidade
de cada região. O governo italiano ajudará
o Brasil a viabilizar projetos de valorização
do uso de plantas medicinais e alimentares que
representem a base de sustentação
dos pequenos produtores e comunidades tradicionais.
A
parceria conta com a participação
da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa) e do Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama), pelo lado brasileiro, e do Instituto
Agronômico L'Oltremare (IAO), órgão
de cooperação técnico-científica
nas áreas de agricultura e meio ambiente
do Ministério das Relações
Exteriores da Itália.
De
acordo com a Embrapa, serão beneficiadas
as comunidades de Araripe (Ceará) e Cazumbá
(Acre), os povos indígenas Krahô
(Tocantins) e Xingu (Mato Grosso), além
de auxiliar comunidades carentes de Minas Gerais,
Goiás, Ceará e Sergipe. A idéia
é estimular pesquisas em agricultura
e meio ambiente voltadas para a geração
de emprego e renda familiar em populações
indígenas e tradicionais dessas regiões.
A
cooperação prevê a aplicação
de técnicas de biologia molecular e bioquímica
com foco na conservação de espécies
vegetais. Deverão ser desenvolvidas tecnologias
de marcadores moleculares para detecção
e rastreamento de caracteres complexos em cultivos
de importância agroalimentar, além
do desenvolvimento de tecnologias que possam
caracterizar e identificar genótipos
com atributos especiais.
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