UERJ
Projetos Cursos Publicações Serviços Fórum Teses Em Revista
Mapa do site Videoteca Home
Índice das matérias.
Voltar à página principal





Assunto
Editoria
Data
Emissões Atmosféricas
Ciência e Meio Ambiente
20/7/2004

Brasil só reduzirá emissões se brecar desmatamento

Pesquisador do Inpe diz na SBPC que há pouco a fazer quanto à queima de combustíveis, que representa pouco como fonte de CO2

Cuiabá - O Brasil só poderá reduzir suas emissões de dióxido de carbono (CO2) se diminuir o desmatamento de suas florestas. A declaração foi feita pelo meteorologista Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), durante o simpósio Gás Carbônico, Florestas e Aquecimento Global - Crédito de Carbono, apresentado na segunda-feira na 56.ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

Segundo Nobre, o desmatamento e as queimadas no Brasil são responsáveis pela emissão de algo entre 200 e 300 milhões de toneladas de CO2 por ano.

Em comparação, todas as demais emissões brasileiras - queima de combustíveis fósseis, usinas termelétricas e outras formas de geração de energia - chegam a algo entre 80 milhões e 90 milhões de toneladas, o que representa 1,5% do total mundial, que é de 6,5 bilhões de toneladas por ano.

"A matriz energética do Brasil é limpa", disse Nobre. "Além disso, a população consome pouca energia. Então, será muito difícil o Brasil diminuir suas emissões de carbono por esse caminho. A alternativa mais viável, com a qual a redução poderá ser significativa, é diminuir o desmatamento."

Mudanças climáticas - Nobre também falou sobre possíveis cenários climáticos para o ano de 2100. Segundo ele, citando estudos internacionais, se o nível mundial de emissões de dióxido de carbono continuar como hoje ao longo do deste século, em 2100 a temperatura média do planeta, que hoje é de 15,7ºC, poderá estar de 2 a 6 graus mais alta.

"Hoje a concentração de CO2 na atmosfera terrestre é de 280 partes por milhão", explicou. "Se o nível de emissões continuar o mesmo, em cem anos esse valor terá saltado para 880 partes por milhão. As conseqüências serão um clima mais quente, mudança no regime de chuvas e outras alterações climáticas, além de extinção de espécies de animais e plantas." Evanildo da Silveira

Receba este e outros assuntos por e-mail

Clique aqui para se cadastrar

Caso você não utilize nenhum gerenciador de e-mail, como o Microsoft Outlook Express ou o Netscape Messenger, envie uma mensagem para ambiente@uerj.br com o assunto Cadastramento de e-mail.

UERJ em Rede no Meio Ambiente
Núcleo de Referência em Educação Ambiental - Nuredam