A
revista diz que países tropicais, e em
geral mais pobres, devem ter o direito de se
beneficiar economicamente por meio de algum
tipo de deflorestamento.
"Os
Estados Unidos e a Europa derrubaram a maioria
de suas florestas nos últimos séculos.
Quem são eles para dizer à Indonésia,
ao Brasil e ao Congo para fazer o contrário?",
indaga o editorial.
"Mas
o desflorestamento que é ideal para o
Brasil provavelmente será maior que aquele
que serviria para a humanidade como um todo.
Assim, faz sentido encontrar maneiras de tornar
a manutenção da floresta tão
recompensadora ao Brasil quanto ao mundo."
O
texto, então, afirma: "Quando os
cálculos forem feitos, o mundo deve pagar
a sua parte da conta".
BR-163
- A publicação que chega
às bancas nesta sexta-feira traz na capa
o título "Saving the Forest"
(Salvando a Floresta) e uma extensa reportagem
sobre o projeto de melhorias na BR-163 (que
liga Cuiabá a Santarém) e as conseqüentes
ameaças ambientais do projeto.
Segundo
a Economist, o desenvolvimento da estrada trará
muitos benefícios para a economia brasileira,
facilitando o transporte e o escoamento de produtos
agrícolas para a exportação.
O
projeto, porém, "poderia desmatar
de 30% a 40% da Amazônia até 2020,
de acordo com uma estimativa".
O
texto afirma que o governo federal está
agindo para conter a devastação
florestal que poderia resultar da nova estrada.
Afirma que 15 ministérios estudam "cada
possível consequência do projeto".
Por
outro lado, a reportagem aponta a fragilidade
dos órgãos responsáveis
pela fiscalização do desmatamento
em Estados do Centro-Oeste e do Norte, como
o Incra e o Ibama.
Para
a publicação britânica,
"o milagre seria uma estrada que promovesse
o crescimento do Brasil protegendo ao mesmo
tempo a indispensável Amazônia".