Os
pesquisadores, que publicaram suas conclusões
na revista Nature, dizem que até um milhão
de espécies podem desaparecer até
2050, à medida em que o meio onde vivem
se torne inabitável por causa do efeito
estufa.
Os
esforços destas espécies para
encontrar novos habitats serão limitados
pelo desenvolvimento humano e outros fatores.
Entre
as espécies em perigo está uma
espécie de árvore brasileira encontrada
no cerrado, a ucuúba (Virola sebifera),
e a flor-símbolo da África do
Sul (Protea cynaroides).
Biodiversidade
Os
autores do estudo Risco de Extinção
por Mudanças Climáticas analisaram
seis regiões ricas em biodiversidade,
representando 20% da área do planeta.
Para o estudo foram utilizados modelos de computador
que simularam como uma gama de 1.103 espécies
– plantas, mamíferos, aves, répteis,
sapos, borboletas e outros invertebrados –
deverão se comportar em resposta às
mudanças na temperatura.
Os
cientistas consideraram três possibilidades
diferentes de mudança climática
- mínima, média e máxima
- usando os cenários com base em informações
do Painel Intergovernamental para Mudanças
Climáticas.
Eles
também verificaram se animais e plantas
podiam se tranferir para novas áreas.
A
conclusão foi que de 15% a 37% de todas
as espécies nas regiões estudadas
poderiam ser extintas pelas mudanças
climáticas até 2050.
No
caso da Virola, o estudo prevê que a expécie
esteja completamente extinta dentro de 46 anos.
Para
outras espécies - como a de um pássaro
hoje só encontrado na Escócia,
o cruza-bico-escocês (Loxia scotica)
- a única esperança de sobrevivência
é a imigração para outros
lugares.