Agência
Fapesp - Em solenidade realizada nesta
quinta-feira (5/2), em Brasília, o presidente
da República Luiz Inácio Lula
da Silva lançou as novas bases do Programa
Nacional de Florestas e empossou os 36 membros
titulares da Comissão Coordenadora do
Programa Nacional de Florestas (Conaflor), órgão
que será responsável pela execução
das políticas públicas do setor.
Um
dos principais objetivos do programa é
promover o plantio de 2 milhões de hectares
de florestas até 2007. Segundo o presidente,
60% dos recursos para que essa fase seja cumprida
virão de empreendimentos empresariais
de grande porte. “Plantar florestas é
investir no futuro”, disse Lula durante
a cerimônia. Os 40% restantes deverão
ser reunidos com o apoio de 100 mil pequenos
produtores.
O
lançamento contou com a presença
da ministra do Meio Ambiente Marina Silva. Segundo
números do ministério, o Brasil
tem hoje apenas 1% de florestas plantadas, o
que representa 5,5 milhões de hectares.
Dentro desse universo, 70% está na Amazônia.
Apesar de afirmar que o desafio do mundo neste
século 21 é conciliar desenvolvimento,
justiça social, progresso e preservação
do meio ambiente, o viés econômico
não ficou ausente do discurso oficial.
Pelos
números divulgados pelo presidente, em
2007 toda a madeira plantada poderá ser
traduzida em 400 milhões de metros cúbicos.
A expectativa governamental é que US$
15 bilhões em produtos florestais poderão
ser gerados quando as novas florestas plantadas
forem colhidas.
Além
do reflorestamento, outro eixo do Programa Nacional
de Florestas será a recuperação
de áreas degradadas e a expansão
das florestas nativas por meio do manejo sustentável.
Linhas de crédito especiais para essas
ações, segundo o governo, deverão
ser criadas.
Além
das metas para 2007, o presidente Lula também
empossou os integrantes da Conaflor, comissão
que, no papel, estava criada desde outubro do
ano passado. A comunidade científica,
de forma direta, será representada por
três instituições: Associação
Brasileira de Ciências, Associação
Brasileira de Educação Agrícola
Superior e Sociedade Brasileira para o Progresso
da Ciência. Cada órgão poderá
indicar um representante.