Mais
de 50 instituições de pesquisa
de todo o país, selecionadas pelo Projeto
de Conservação e Utilização
Sustentável da Diversidade Biológica
Brasileira (ProBio), estão recebendo,
a partir desta semana, as Cartas-consulta do
projeto Espécies da Flora Brasileira
de Importância Econômica Atual ou
Potencial - Plantas para o Futuro. O projeto
destinará R$ 1,3 mihão para pesquisas
sobre diversidade biológica nas cinco
regiões do país.
As
propostas para desenvolvimento das pesquisas
deverão ser postadas até o dia
8 de abril. Os resultados da seleção
serão divulgados até 30 de abril,
para contratação ainda em maio.
Apesar
do grande potencial da diversidade biológica
brasileira para inúmeras aplicações,
como alimentação, medicamentos,
na indústria da biotecnologia, grande
parte dos recursos utilizados na economia nacional
é exótica. De acordo com a Gerência
de Recursos Genéticos da Secretaria de
Biodiversidade e Florestas do Ministério,
cerca de 60% da base alimentar nacional é
formada por espécies estrangeiras de
soja, milho, arroz, batata feijão e trigo.
Para
potencializar o uso desse patrimônio,
o Ministério do Meio Ambiente está
destinando R$ 1,3 milhão para pesquisas
sobre biodiversidade nas cinco regiões
do país com o projeto Plantas para o
Futuro. "A idéia é identificar
espécies vegetais com possível
uso comercial, tanto em larga escala como para
mercados especiais", explica Lídio
Coradin, gerente de Recursos Genéticos
do MMA.
Com
a pesquisa, serão criados Grupos de Trabalho
nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste,
Nordeste e Norte. Esses GTs ficarão encarregados
de realizar um levantamento sobre as espécies
da flora utilizadas pelas populações
em nível local e regional para fins alimentícios,
medicinais e fitoterápicos, principalmente.
Em seguida, explica Coradin, serão priorizadas
aquelas variedades com potencial mais imediato
para uso direto e/ou lançamento comercial
e identificadas aquelas que necessitarão
de maiores estudos sobre suas propriedades e
princípios ativos. "Essa etapa será
importante inclusive para atrair investimentos
dirigidos do setor empresarial". Fonte:
MMA