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Reciclagem
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2/2/2004

Pó de rocha reciclável

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - Qualquer extração de rochas ornamentais acaba gerando um sub-produto que, pelo menos até agora, era absolutamente indesejável. As toneladas de pó fino que se desprendem das atividades minerais são um grande problema para o meio ambiente. Impedir essa agressão e ainda gerar renda e empregos é o que promete uma invenção de dois institutos de pesquisa ligados ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

O Instituto Nacional de Tecnologia e o Centro de Tecnologia de Minerais (Cetem) desenvolveram um método para aproveitar o pó de rocha em linhas de produção industriais. A partir da invenção que já foi, inclusive, patenteada, o poluente ambiental se transforma em matéria-prima que poderá ser usada na fabricação de argamassas para a construção civil.

“Essa nova massa é igual às preparadas em canteiros de obra”, disse Carlos Cesar Peiter, pesquisador do Cetem, à Agência FAPESP. “É possível fazer uma mistura homogênea substituindo o cal por esses resíduos. O produto final sai com a mesma qualidade ou até superior e o custo para a fabricação da argamassa também é reduzido, pois o pó é adquirido de graça.”

Além de resolver um problema ambiental, o pó fino deverá ser responsável pela geração de empregos. Está prevista, dentro dos objetivos anunciados pelo MCT, a construção de uma fábrica para a produção de argamassas a partir de pó de rocha na cidade de Santo Antônio de Pádua (RJ).

Segundo os técnicos envolvidos com o projeto, a retenção do pó fino pode ser feita no momento em que a pedra está sendo retirada da natureza. O adicionamento de água ao processo de extração promove a formação de uma espécie de lama. A partir desse material, o pó é separado da água, de forma que a parte sólida da mistura possa ser armazenada.

Segundo Peiter, a capacidade produtiva da nova linha de produção será de aproximadamente 1,9 mil toneladas por mês de argamassa, com faturamento bruto estimado em R$ 3 milhões por ano. “Temos 100 mil toneladas de pó estocadas para serem utilizadas”, disse.

Peiter explica que a fábrica já conta com um estatuto de viabilidade econômica aprovado, além de um projeto técnico. “Para viabilizar a obra, está faltando apenas uma maior articulação entre a Associação dos Produtores de Pedra da região e os órgãos de financiamento”, disse Peiter. Segundo o pesquisador, R$ 400 mil foram investidos na compra de equipamentos.

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