UERJ
Projetos Cursos Publicações Serviços Fórum Teses Em Revista
Mapa do site Videoteca Home
Índice das matérias.
Voltar à página principal





Assunto
Editoria
Data
Preservação de Espécies Marinhas
Ambiente Notícias
17/2/2004

Projeto da UERJ tem como base a preservação de espécies marinhas

Ampliar o conhecimento acerca dos mamíferos marinhos que existem no estado do Rio de Janeiro, bem como sua preservação, é um dos objetivo do Projeto Mamíferos Aquáticos (Maqua), do Departamento de Oceanografia e Hidrologia da Uerj - Universidade Estadual do Rio de janeiro.

Criado em 1992 por iniciativa de alunos de graduação, o projeto desenvolve trabalhos de pesquisa principalmente com cetáceos (botos, golfinhos e baleias) e promove atividades de educação ambiental. Desde 1993, o Maqua estendeu suas ações para a Baía de Ilha Grande e Região dos Lagos e, com isso, intensificou sua atuação além da costa da capital.

Segundo José Lailson-Brito Junior, oceanógrafo, professor do departamento, um dos idealizadores do projeto e atual coordenador do Maqua, os trabalhos são direcionados em três linhas: com animais vivos, com mortos e extensão em pesquisa.

O trabalho com animais vivos consiste na listagem das diversas espécies que despontam pelo litoral do Rio, como o realizado, por exemplo, no recente caso da aparição de orcas nas praias da cidade. "Estamos fazendo um trabalho com as orcas para foto-identificá-las e reconhecê-las, embora o nosso foco com animais vivos, há mais tempo, seja o boto-cinza da Baía de Gauanabara", explica Júnior. Os estudos desenvolvidos no projeto, sobretudo relativo ao boto-cinza, delimitaram trabalhos em extensão, dando origem a quatro teses de mestrado, além de quatro de doutorado em fase elaboração.

Além da foto-identificação, o Maqua realiza com animais vivos trabalhos de bioacústica, por meio da gravação de alguns sinais emitidos por determinadas espécies, não só da costa fluminense, mas incluindo desde Santa Catarina até a Foz do Amazonas. A mais recente técnica empregada resultou do aprimoramento de uma já utilizada com baleias e, agora, aplicada a outros cetáceos.

Trata-se de um método para biopsiar os animais sem a necessidade de capturá-los para extrair uma amostra de tecidos. Assim, a coleta de material para a análises genéticas ou definição de contaminantes é feita por um equipamento chamado besta, semelhante a um arco e flecha com um orifício coletor localizado na ponta que, ao colidir com o dorso do animal, coleta pele e gordura.

O Departamento de Oceanografia tem uma coleção próxima a 200 animais mortos recolhidos entre golfinhos, botos e baleias. Com esses animais, são feitos estudos ecotoxicológicos que, lembra Júnior, "só são possíveis graças ao intercâmbio com outras instituições como as universidades federais do Rio de Janeiro (UFRJ), do Paraná (UFPR) e a USP".

Estes estudos tratam da análise de contaminantes, desde metais pesados (como cádmio e mercúrio) até compostos orgânicos, como pesticidas e compostos de origem industrial, ambos tóxicos. Por meio desses estudos sobre aspectos ecotoxocológicos e também sobre ecologia e estimativa de abundância das espécies, o Maqua está incluído no Proantar - Projeto Antártico Brasileiro. Agenc / Abr

Receba este e outros assuntos por e-mail

Clique aqui para se cadastrar

Caso você não utilize nenhum gerenciador de e-mail, como o Microsoft Outlook Express ou o Netscape Messenger, envie uma mensagem para ambiente@uerj.br com o assunto Cadastramento de e-mail.

UERJ em Rede no Meio Ambiente
Núcleo de Referência em Educação Ambiental - Nuredam