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Assunto
Editoria
Data
Ciência e Tecnologia
Notícia
2/8/2004


O futuro científico da Amazônia

Agência Fapesp - O tempo está acabando. Se o Brasil pretende manter em funcionamento um grande projeto como o do LBA (sigla em inglês para Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia) – e a liderança científica nele – é preciso, segundo Carlos Nobre, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que a Amazônia seja considerada prioridade nacional.

“Fiz uns cálculos preliminares. Temos que ter de quatro a seis instituições de pesquisa fortes na Amazônia para que a região possa ser bem estudada. Claro que nesse contexto as que já existem, como o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazonia (Inpa) e o Museu Emilio Goeldi, em Belém, poderiam ser ainda mais fortalecidas”, explica Nobre, que também é o diretor científico do LBA.

Para o cientista, em termos de recursos financeiros, um plano científico ideal para a região amazônica custaria, aos cofres públicos, cerca de R$ 300 milhões. “A Amazônia, desde que se torne uma prioridade, como ocorreu com o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e com a Embrapa ( Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) no passado, pode se tornar responsável por 30% a 40% do PIB brasileiro em um prazo de 100 anos”, acredita.

“Esse seria o nosso grande sonho. Com metade disso já seria possível fazer bastante coisa”, afirmou. É dentro desse plano estratégico para a Amazônia que se encaixa o LBA, experimento que, pelo menos até o próximo ano, está com a sua continuidade garantida.

Em termos de LBA, os cálculos de Nobre apontam para uma quantia bem mais modesta. “Com R$ 15 milhões ao ano, em um período de cinco anos a partir de 2006, seria possível manter os custos do programa, tanto com recursos humanos e com infra-estrutura física.” Segundo ele, esses recursos poderiam financiar aproximadamente 30 estudos científicos de grande porte.

Até hoje, também com base em cálculos aproximados feitos pelos dirigentes do LBA, o programa custou US$ 80 milhões. O Brasil participou com 40% desse total, os Estados Unidos com outros 40% e a Europa com 20%. Os salários dos pesquisadores são pagos por agências de fomento brasileiras, entre as quais a FAPESP.

Quando se fala em pesquisas na Amazônia, os cientistas que estudam ou vivem na região – Carlos Nobre não se considera da comunidade amazônica, pois vive no Estado de São Paulo – a afirmação é sempre a mesma. “Não adianta apenas bolsas para a região. É preciso políticas de fixação de pesquisadores”, defende. Eduardo Geraque, de Brasília

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