São
Paulo - Cientistas da Nasa confirmaram
mais uma vez que o mundo está esquentando,
e que o aquecimento está ligado a uma
elevação estável nos níveis
de dióxido de carbono na atmosfera, que
aumenta por causa da queima de combustível
fóssil, especialmente nos países
mais ricos.
Utilizando
satélites, primeira vez, os pesquisadores
constataram que a temperatura média global
aumentou 0,43ºC por década, entre
os anos de 1981 e 1998. Dados obtidos anteriormente
por estações terrestres haviam
mostrado um aumento inferior, de 0,34ºC
por década, uma diferança de 26%,
segundo a Agência Fapesp.
Equipamentos
- Os satélites captam dados de temperaturas
em todo o planeta com instrumentos como o espectroradiômetro,
que mede a quantidade de luz ultravioleta, infra-vermelho
e visível refletida em determinada superfície.
Os
cientistas também reuniram um imagens
do planeta em julho de 2003 - o verão
da onda de calor na Europa -, que mostram temperaturas
de mais de 25°C no norte do Canadá,
Alasca e Sibéria. Só o coração
da Groenlândia e algumas ilhas e penínsulas
no Ártico continuavam abaixo de zero.
Resistência
e estudo - Os estudos sobre o aquecimento
global recebem fortes restrições
de governos, principalmente nos países
ricos, os maiores emissores de gases causadores
do chamado efeito estufa. Mas, segundo o jornal
britânico The Guardian, a questão
vem preocupando as autoridades do Reino Unido.
O
principal conselheiro do primeiro-ministro Tony
Blair, o químico da Universidade de Oxford
David King, alertou os americanos de que o aquecimento
global era uma ameaça mais séria
do que o terrorismo. Na semana passada, ele
produziu uma análise devastadora da vulnerabilidade
da Grã-Bretanha às inundações,
se os níveis do mar aumentarem.