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PESQUISA DO LITORAL BRASILEIRO
AUXILIA CONTROLE DA EROSÃO


Arquivo O Globo cedido para o Projeto Erocosta. Fenômenos oceanográficos naturais ou oriundos de ações antrópicas, estão elevando significativamente o nível médio do mar ao longo das últimas décadas. Previsões científicas divulgadas recentemente pela Organização das Nações Unidas (ONU), apontam para uma elevação média do nível dos oceanos de 0,5 à 1,0 m neste século. O fato implica em graves consequências e prejuízos para 90%
da população mundial que utiliza as regiões costeiras para a sua sobrevivência e o desenvolvimento de diversas atividades (habitação, alimentação, economia e lazer). Dependendo da situação oceanográfica e geológica de cada região, o aumento do nível médio do mar pode alterar o transporte de sedimentos litorâneos, acarretando o recuo de alguns metros e até quilômetros da linha de costa e erosão dos ambientes costeiros (praias, baías, manguezais, deltas, estuários, lagoas e lagunas). Para investigar e propor soluções para a erosão costeira, o Grupo de Pesquisa em Oceanografia Geológica da UERJ acompanha, desde 1997, os fenômenos oceanográficos do litoral do Estado do Rio de Janeiro. Os pesquisadores do Projeto EROCOSTA, coordenados pelo Prof. Dr. Marcelo Sperle Dias do Instituto de Geociências da UERJ, monitoram a morfodinâmica das praias através da coleta de diferentes tipos de dados como topografia de alta precisão, estratigrafia, parâmetros oceanográficos, parâmetros meteorológicos e indicadores químicos e biológicos. Os dados são coletados a cada dois meses e analisados, de forma integrada e multidisciplinar, para a confecção de mapas temáticos com as feições morfodinâmicas e o transporte de sedimentos litorâneos.
Os resultados obtidos pelo monitoramento nas praias de Copacabana, Ipanema, São Conrado, Barra da Tijuca, Recreio e Grumari e da Ilha Grande, Dois Rios, Lopes Mendes, Preta, Abraão, Sul-Leste e Araçatiba, são uma das principais contribuições do estudo da morfodinâmica de praias e da erosão costeira. Ao contrário de técnicas clássicas de geomorfologia costeira (sazonais - com duração de anos), o monitoramento permite em poucas campanhas a baixo custo, definir quais os setores das praias possuem maior tendência à erosão (perda) dos sedimentos.
Outros objetivos da pesquisa são o desenvolvimento de novas técnicas que permitam, a baixo custo, a investigação do problema de erosão costeira, a manutenção de um banco de dados oceanográficos para a modelagem numérica dos fenômenos associados ao transporte de sedimentos costeiros e o fornecimento de informações científicas para previsões quantitativas e soluções ou remediações dos problemas de erosão costeira ao longo do litoral brasileiro.
Com os resultados dos trabalhos, os pesquisadores pretendem entender melhor a inter-relação entre a hidrodinâmica e o transporte de sedimentos e propor soluções para minimizar a erosão costeira. É possível acrescentar grãos maiores de areia ( aumento da Granulometria) ou alargar a faixa de areia da praia e modificar o seu perfil (inclinação). "Em último caso, após estudos oceanográficos científicos, pode-se recorrer a obras de engenharia costeira, como os quebra-mares, por exemplo, para absorver o impacto das ondas. Como, historicamente, as zonas litorâneas concentram grande parte do capital e das atividades humanas, o monitoramento da erosão costeira deve orientar cada vez mais o investimento imobiliário na região, de grande importância para a economia mundial", finaliza Sperle.

Mais informações:

Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
Laboratório de Oceanografia Geológica

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