perereca braquicefalídea - Bracycephalus ephippium - espécie de vertebrado candidata a monitoramento em remanescentes florestais ou restingas do RJ. Foto: H.G.Bergallo.
cotingídeo - Lipaugus lanioides - espécie de vertebrado candidata a monitoramento em remanescentes florestais ou restingas do RJ. Foto: M. A. S. Alves.
roedor equimiídeo - Trinomys eliasi - espécie de vertebrado candidata a monitoramento em remanescentes florestais ou restingas do RJ. Foto: D. P. Costa.
lagarto tropidurídeo - Liolaemus lutzae - espécie de vertebrado candidatas a monitoramento em remanescentes florestais ou restingas do RJ. Foto: C. F. D. Rocha.
Área da APA de Grumari, no município do Rio de Janeiro. Foto: C. F. D. Rocha.
Região da Serrinha do Alambari, entorno do Parque Nacional do Itatiaia, no Bloco da Serra da Mantiqueira. Foto: H. G. Bergallo.
Área de Ilha Grande, Angra dos Reis, no Bloco Sul Fluminense. Foto: C. F. D. Rocha.
Restinga de Grussaí. Foto: M. Van Sluys.
O formicarídeo - Formicivora littoralis - espécie de vertebrado endêmica das restingas do Estado do Rio de Janeiro, no Corredor da Serra do Mar. Foto: M. A. S. Alves.
Restinga de Trancoso. Foto: C. F. D. Rocha.
O teídeo - Cnemidophorus littoralis - espécie de vertebrado endêmica das restingas de Maricá, Jurubatiba e Grussaí, no Estado do Rio de Janeiro. Foto: C. F. D. Rocha.
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Destruição de Restingas ameaçam espécies exclusivas da Mata Atlântica

Biólogos da UERJ lançam livro com estudos que tratam da conservação da Mata Atlântica, bioma prioritário na conservação global, com elevada biodiversidade e endemismo.

Para conservar é preciso saber onde estão as oportunidades e o que tem de ser feito. Durante cinco meses, biólogos percorreram o litoral brasileiro, do sul do Rio de Janeiro ao sul da Bahia, examinando plantas e animais que vivem em meio à restinga, uma vegetação baixa e úmida que cresce sobre a areia, entre o mar e a montanha. Encontraram, além disso, 12 espécies de animais que habitam exclusivamente esse ambiente, como a perereca Xenohyla truncata, de 3 centímetros de comprimento, que se esconde no interior das bromélias.
Estas e outras descobertas estão reunidas no livro A biodiversidade nos grandes remanescentes florestais do Estado do Rio de Janeiro e nas Restingas da Mata Atlântica, organizado pelos professores de Biologia da Universidade do Rio de Janeiro (UERJ) - Monique Van Sluys, Carlos Frederico Duarte da Rocha, Helena de Godoy Bergallo e Maria Alice Alves - e lançado pelo Instituto Biomas e pelo Centro de Conservação da Biodiversidade da Conservation International do Brasil (CBC/CI Brasil), com apoio da Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza (FBCN).

Embora sejam graves as ameaças à sobrevivência das espécies únicas da região (espécies endêmicas), a obra apresenta um diagnóstico do patrimônio natural remanescente no Estado do Rio de Janeiro, comprovando ser privilegiado em termos de biodiversidade. Veja mapa

Com uma linguagem técnica acessível, os autores descrevem a geologia, o clima, os solos e a biota dos principais blocos da floresta do Rio de Janeiro. Mostram que a função dos parques e reservas é conservar a biota nativa e que a situação atual pode ser revertida a fim de melhorar o ambiente natural e garantir a qualidade de vida das pessoas e espécies que compartilham o planeta. Veja mapa

A equipe que cuidou desse levantamento avaliou cada uma das atividades humanas que ameaçam as dez restingas inicialmente analisadas: cinco delas no chamado corredor de biodiversidade da Serra do Mar (as de Grumari, Maricá, Massambaba, Jurubatiba e Grussaí), quatro no corredor central da Mata Atlântica (Setiba, Guriri, Prado e Trancoso) e uma no extremo sul do Espírito Santo (Praia das Neves). Cada ação humana — da construção de estradas à abertura de trilhas de acesso às praias — recebeu uma avaliação de acordo com o impacto sobre o ambiente, que resultou num primeiro diagnóstico sobre as condições de conservação das restingas dessa faixa do litoral brasileiro.

— A restinga com pior nível de conservação é a do Prado, na Bahia — revela o professor Carlos Frederico Rocha. Em situação igualmente crítica encontram-se duas restingas do Rio, as de Grumari e Grussaí, ambas seguidas de perto pelas de Setiba, no Espírito Santo e Massambaba, também no Rio.

— Agora, enxergamos de modo mais concreto a dimensão dos estragos — diz Luiz Paulo de Souza Pinto, diretor do Centro de Conservação da Biodiversidade da Conservation International do Brasil, um dos parceiros da UERJ no projeto.

De acordo com um estudo da organização nãoo-governamental SOS Mata Atlântica, embora a área de restinga tenha encolhido 500 hectares entre 1995 e 2000, apenas nos estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, ainda há trechos em bom estado de conservação. Hoje, o levantamento soma 17 restingas, das quais sete estão bem preservadas, três estão em estágio intermediário e sete bastante degradadas.

— Em Trancoso, na Bahia, restou apenas o trecho junto à Barra do Rio do Frade — comenta Rocha.— O resto já foi destruído.

—Apenas por se encontrarem relativamente isoladas das cidades e dos turistas é que algumas áreas ainda escapam do que parece ser o destino desse conjunto de matas à beira-mar, chamado de porta de entrada da Mata Atlântica.













Informações:

Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes (Ibrag)
Departamento de Biologia Animal e Vegetal


(21) 2587-7567/7328

vansluys@uerj.br
masa@uerj.br
bergallo@uerj.br
cfdrocha@uerj.br


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